terça-feira, 8 de março de 2011

Corvos se divertem...

... Com o poeta podre
Os amigos cuspiram em seu túmulo.
Ele viveu o suficiente para agonizar na solidão,
Para ser traído por poetisas,
Para ouvir seus gritos de dor
E sentir seu último suspiro.


Cristo,
Como odeio o que me tornei
Leve-nos de volta para casa.


Eu sinto tanta falta deles
Eu sinto falta da inocência
Da alegria por pequenas coisas
Do amor incondicional.


Eu sinto medo, tanto medo
Torturada dia após dia
Pelo mesmo motivo, pela mesma desgraça.
Oh, como me arrependo de ter confiado neles,
Deveria deixa-los morrer.


Querida morte
Ouça, pois lhe imploro
Me devolva a alegria,
Me devolva o meu orgulho
Coberto de apatia.


Eu quero me tornar novamente
O que fui há muito tempo atrás.
Eu quero esquecer um pouco desta vida
E desejar morte a todos novamente.
Eu quero ter nojo destes vermes, não de mim
Eu sentir prazer por teu sangue
E não pelo meu. 

sábado, 5 de março de 2011

Amor

Por que me trás tanta dor?
O que fiz eu para causar tua fúria?
Tens me abandonado
Perdi-te nesta imensidão vazia.

Nas noites mais escuras
Você me levantou.
Nos dias mais chuvosos
Você me fortaleceu.

Mas a chuva apenas nos convida
Para que amanhã seja um dia pior.
Pisas-te em mim
Usou-me, tratou-me como cão.

Estivemos tão unidos
Estivemos tão fortes.
Mas, por favor, deixe-me ir.
Eu quero estar sozinha
E apodrecer sem a sua ajuda.