terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sem importância

Sinceramente, “queridos”, eu realmente não estou dando a mínima para o que vocês sentem. Independente que seja algo bom ou ruim. Para mim não faz diferença.
É impressionante como o menos vulgar de vocês consegue ser alguém tão desprezível.
Para ser um pouco mais franca, talvez menos (ou mais) complexa, estou cansada de todos.
Cansada da maneira como conseguem prometer coisas tão grandes, mas não cumprem nem as mais simples.
Não faz muito tempo que vivo, mas vivi tempo o suficiente para ver pessoas prometerem não me deixar e hoje não estarem do meu lado, por algum motivo que feriu seu ego sujo.
Cansada de ver pessoas tentando roubar o que é meu, tentando tirar tudo aquilo que me faz feliz. O por que disso? Porque não têm capacidade para buscar algo que realmente as façam sorrir um dia.
Não que eu me importe de ver pessoas tentando freneticamente tirar o que é dos outros para tentar mantê-las de pé, quando na verdade nada fará isso.
A intenção deste texto na verdade não é mudar tudo isso, pois é algo que nunca ninguém conseguirá mudar, isso é um fato. Só escrevo essas poucas linhas como forma de desabafo.
Não quero vê-los mortos, nem ao menos vivos. Não quero que chorem, não quero que sorriam. Não quero que desistam, não quero que resistam. Só quero que me deixem em paz, o resto tanto faz.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ficar, fugir...

Vendo os meus olhos
Para me impedir de ver o seu sofrimento,
Mas eu ouço seus gemidos
Implorando por minha ajuda.

Ficar não te ajudará,
Fugir não ameniza meu sofrimento.
Minhas perguntas já estão sem resposta,
Suas lágrimas já não tem um por que.

Eu estou tentando manter-me de pé
Para poder levantar-te.
Mas estou tão cansada,
Estou tão exausta.

O sol...

... Tenta brilhar, com dificuldade. Mais uma tarde de inverno.
Cá estou eu novamente, sentada na janela olhando a neve cair. Lá fora pode estar tão frio, mas dentro de mim, a alma congela.
Pego novamente o violino, assim tocando. Tão suave, com sua beleza entristecida.
E toda vez que toco, sinto como se a minha vida se resumisse naquilo. Em um sentimento tão profundo onde o resultado é o nada.
Novamente a tristeza estava tomando conta de mim.
Coloco o violino de lado, já não é o suficiente para acabar com a dor de estar só, que a cada dia me possui  mais.
Levanto-me,  e vou até a cozinha... Lentamente. Cada passo, sinto como se estivesse conduzindo-me à  morte. Abro a geladeira e pego a única garrafa de vinho que havia.
Olho para a garrafa, no que aquilo iria me ajudar? Nada mais pode me ajudar, essa solidão não tem mais fim. Coloco-a em cima da mesa e vou para o meu quarto.
O que procuro?
Abro o guarda-roupa, ainda procurando. Pergunto-me o que. Mas sinto que preciso de algo para me fazer feliz. Preciso achá-lo.
Vejo uma lâmina, a pego. Olho para ela assim vendo o meu reflexo... O reflexo da pessoa que eu tanto odeio.
Coloco meu casaco e saio de casa, andando para qualquer direção. Qualquer lugar onde não tenha ninguém.
Até que percebo estar perdida, já não faz diferença.
Sento-me  em um banco, pego a lâmina e faço um corte um tanto profundo.
Vejo meu sangue se misturando com a neve. Mas ainda sinto que não é o suficiente.
Encosto a lâmina no meu pescoço. Ao fazer isso eu vejo um garoto, um tanto distante, mas conseguia  vê-lo perfeitamente. Então o ouço gritar pelo meu nome. Como pode alguém se importar comigo?
Levanto-me e fecho os olhos, e pela última vez sinto a neve cair sobre minha pele. Pela última vez sinto a tristeza em cada parte do meu corpo. E sem pensar duas vezes faço um corte no meu pescoço, muito profundo, o suficiente para morrer.
Caída no chão, na neve fria, sinto as mãos de alguém tocando meu rosto. Ouço uma voz masculina dizer meu  nome, falando que me amava. E sinto lágrimas tocarem minha face, não são minhas.
Agora percebo que nunca fui tão só, mas isso já é tarde. Eu acabei com tudo.

Coloquei aqui novamente, pois adoro esse texto. ^^'

sábado, 24 de setembro de 2011

Sim, eu te amo

Mas amaria mais
Se dos teus lábios já não saíssem mais palavras,
Se os teus ouvidos já não ouvissem meu choro,
Se os teus olhos não vissem meu pranto,
Se no teu pulmão já não entrasse ar,
E no teu coração já não houvesse mais sentimentos.

Sim, eu te amo.
Mas amaria mais
Se suas palavras não me fizessem chorar,
Se não ouvisse meu choro,
E ignorasse meu pranto.

Sim, eu te amo.
Este amor insano me fez rasgar-te.
Rasgar-te até ver teu coração parar. 

sábado, 6 de agosto de 2011

Para um velho amigo imaginário

Em um mundo cheio de ilusões
Quando você já não sabe qual é sua realidade,
Seu único sonho te traiu
Sua falsa salvação mostrou-te o caminho errado.

O mundo sempre esteve em decadência
Mas cegado, você não viu.
Se entregava inconscientemente
Para mais uma ilusão.

E em mais um simples dia
O azul do céu escondia sua esperança
Confundindo seus olhos, cheios de lágrimas
Via sua alegria partir.
E no final de mais uma ilusão,
Percebes-te que nada pertencia a você
Desde o início. 

sábado, 30 de julho de 2011

Infelizes dias

Dias vão, dias vem
Pessoas passam
Lembranças ficam
Junto da dor que incomoda a alma.
Nesta perturbada mente.
Indesejadas lágrimas escorreram
Me fizeram esquecer
Aquilo que chamam de salvação.
Vida afogada em depressão.
Lastimáveis lembranças
Forçam-me a pensar
Nas escritas de meu epitáfio.

Aqui jaz
A memória de dias que não chegaram.
Ilusão infectou este coração,
Trancou pobre alma em escuridão.


O pior poema que já fiz. Mas, foda-se... Ta ai. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Poison

Tudo escurece, dos seus olhos escorre sangue
O veneno se arrasta por suas veias.
Perdendo a memória, sofra o inútil arrependimento.
Falta de ar, suas forças acabaram.
Agora fique no chão
Aproveite seus últimos minutos.

Sala, a luz fosca tenta iluminar as paredes brancas

Som de morte, cheiro de morte
A velocidade está diminuindo 
Seu coração está parando.
Sua morte está sendo anunciada. 

Velas, choros

O caixão está indo.
E no fundo de sua tumba
Sua alma morfética acompanhará a decomposição de seu corpo imundo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Minha dor

Vejo o retrato na parede,
A luz se apaga o medo vem.

Fui em frente foi apenas por você
Mas não dá mais para continuar.

A casa está vazia,
As suas flores já morreram.

Me diz onde você está
E de uma vez por todas queime dentro de mim.

À noite eu conto as estrelas,
Mas nuvens negras pairam sobre mim.

Eu preciso da certeza
De que você não brilha mais no meu céu.

Não penso em palavras para dizer
Sobre as coisas que eu não posso acreditar.

Existe um caminho, mas é sem volta
E tudo que eu tenho é a minha dor.


                                                      -Verbo Perfeito

quarta-feira, 29 de junho de 2011

.

No silêncio eu ouço minha alma gritando
Cansada do vazio
Cansada de um coração frio.

E se cada lágrima derramada

For uma gota a menos em nosso amor
Tudo isso se tornou um deserto
Dentro de nossas mentes.

Mas por um momento eu fecho os olhos

E ouço o triste som dos violinos
Por um momento eu ouço o piano demonstrando em melodias
Tudo o que sinto.

Me sinto livre de tudo que não acabou.
Para que ter forças para lutar
Quando já não há mais esperança?

sábado, 11 de junho de 2011

Humanos

Se debatem, em alvoroço.
Matam, por amor.
Racionais ou irracionais
Perigosos animais
Em procura de uma paz inexistente
Retratada em quadros
Onde sangue é o resultado, errado.
Com os olhos cegados
Perderam o amor.
Não encontraram a verdadeira paz
Dentro de si mesmos.

_

Meus sentimentos cairam em decadência
O sol se tornou frio
A lua se tornou vazia.

Noite, bela dama

Rainha da luz do dia.
Esperei anciosamente o crepúsculo
Para que o fim de um amor seja marcado.

O canto dos pássaros se foram
Soam notas de um piano desafinado.
Entre nuvens se foram as estrelas,
A música em meu coração parou.

Enquanto os céus retratam uma história

De um velho e infinito amor,
O meu está partindo, cegando-me para uma vida feliz.
Sozinho, por ser eternamente seu.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Como uma leve brisa
Levou-me toda a alegria,
Roubou-me a paz.
Meus olhos não se abriram mais
Meus braços já não te aquecem.
Noite após noite o escuto a chorar
Lágrimas mancham teu rosto.
Como é grande a dor
Que há em meu coração sem pulso.
Minhas lágrimas secaram,
Meu sorriso se decompôs.
Sinta o frio que ficou
No lugar do calor de nossos corpos.
Oh querido, não chore.
Estaremos juntos em breve.
O que me resta por não te ter em meus braços
Por querer-te para mim novamente...
Agonia.
Na triste espera da eternidade.

Piano Morto

Desafinado,
Notas falhadas 
Seguidas de rangidos tristes.
Frágil consequência do tempo.
Música melancólica e baixa.

O tempo o faz em pedaços,
Morto lentamente.
Mas a música que um dia ecoou em seu quarto
Será lembrada por séculos.

Triste canção,
Triste melodia.
Por amor suas teclas falharam.
E eis que meu coração 
Tornou-se como um piano morto.

sábado, 16 de abril de 2011

Fure...

... Seus olhos e tente não ver
A verdade que te torturará.
Corte-me os pulsos para tentar se alegrar
Fuja para longe e tente se matar.


Esqueça o que merecemos
Esqueça o que podemos fazer
Acabamos por aqui


Impedidos de enxergar
Indecisos por amar ou odiar


Esqueça o que merecemos
Esqueça o que podemos fazer
Acabamos por aqui.


A felicidade está longe
Eu odeio você
A felicidade nunca estará do teu lado
Eu odeio você

Possua-me para sempre

Leve-me para o teu mundo
Onde ninguém possa nos ver.
As pessoas aqui são tão cruéis quanto a gente
Que nos torturam com suas falsas crenças
E nos tornam dependentes.


Há um enorme vazio dentro de mim
Por saber que jamais irei me importar.
Sem forças, humilhada.
É hora de tudo isso acabar.

terça-feira, 8 de março de 2011

Corvos se divertem...

... Com o poeta podre
Os amigos cuspiram em seu túmulo.
Ele viveu o suficiente para agonizar na solidão,
Para ser traído por poetisas,
Para ouvir seus gritos de dor
E sentir seu último suspiro.


Cristo,
Como odeio o que me tornei
Leve-nos de volta para casa.


Eu sinto tanta falta deles
Eu sinto falta da inocência
Da alegria por pequenas coisas
Do amor incondicional.


Eu sinto medo, tanto medo
Torturada dia após dia
Pelo mesmo motivo, pela mesma desgraça.
Oh, como me arrependo de ter confiado neles,
Deveria deixa-los morrer.


Querida morte
Ouça, pois lhe imploro
Me devolva a alegria,
Me devolva o meu orgulho
Coberto de apatia.


Eu quero me tornar novamente
O que fui há muito tempo atrás.
Eu quero esquecer um pouco desta vida
E desejar morte a todos novamente.
Eu quero ter nojo destes vermes, não de mim
Eu sentir prazer por teu sangue
E não pelo meu. 

sábado, 5 de março de 2011

Amor

Por que me trás tanta dor?
O que fiz eu para causar tua fúria?
Tens me abandonado
Perdi-te nesta imensidão vazia.

Nas noites mais escuras
Você me levantou.
Nos dias mais chuvosos
Você me fortaleceu.

Mas a chuva apenas nos convida
Para que amanhã seja um dia pior.
Pisas-te em mim
Usou-me, tratou-me como cão.

Estivemos tão unidos
Estivemos tão fortes.
Mas, por favor, deixe-me ir.
Eu quero estar sozinha
E apodrecer sem a sua ajuda. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As vozes...

... Me atormentam cada vez mais
Eu sinto a presença dele
Mas me restaram apenas lembranças
E incontáveis lágrimas.


O vazio é cada vez maior
Injete apenas mais uma vez
E deixe-me aproveitar
Os últimos dias dessa lástima.


Solidão me possui.
Sou louca por querer-te
Sou louca por amar-te.
Sou louca por desejar minha morte,
Para que um dia volte a sorrir.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Confiança

O motivo da perdição de muitos, o motivo da agonia de muitos.
Eu disse: “Confiem em mim”. E dei motivos para não confiarem.
Por isso, nem pensem em confiar em alguém como eu.
Seu melhor amigo, seu irmão, sua mãe, seu pai... Qualquer um que seja especial para você, em questão de segundos podem te transformar em lixo.
Paramos e pensamos o por que. Mas, muitos enlouqueceram na procura desta triste resposta.
A verdade é: não se pode confiar em ninguém. A vida é assim. Mentir e passar por cima dos outros, isso faz parte da natureza energúmena do ser humano.
E depois vem o péssimo sentimento de culpa, e novamente a pergunta: “Por quê?”.
Porque você precisava se sentir superior, porque precisava de alguém para pisar em cima e sentir que é alguma coisa. Mas... Quando decidir olhar para si mesmo, verá que é podre, que é um lixo. E mesmo que se arrependa, nada mudará o que você fez.
E o que te resta?
Os últimos dias que serão mal vividos, e teu único destino será a morte.

Valew Hud. =p

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Invejo a brisa
Livre, leve
Envolve quem quiser.


Invejo o mar
Tranquilo quando quer
Cruel quando quer.
Frio, misterioso.


Invejo a Lua
Com sua vista melancólica
Ilumina quem quiser
Sem compaixão.


Eu invejo as estrelas
Aparecem quando querem
Atraem quem querem
Magoam quem querem.


Graças ao meu pranto
A dor de um romance impossível
Invejo todos esses
Principalmente por não amarem. 

Noite

Oh, noite
Preencha o vazio que sinto
Leve minha alma junto a ti
Leve-me para longe daqui.


O que o amor destruiu
O que sobrou de uma vida vazia
Eu nunca tive.


Se pudessem entender
A imensidão desta tristeza
Que insiste em envolver meu coração.
Talvez eu poderia ter algum valor.


Me ouça
Eu sou aquela que esteve aqui o tempo todo
Aquela que desejou morrer
Para te ver sorrir.


Uma simples frase,
Às vezes tão fútil,
Pode acabar com uma vida
Num piscar de olhos.
É para isso que o amor serve.
Não sei por que escrevo isso, mas sinto que devo esclarecer tudo.
Não chorem, a culpa não é de vocês. A culpa é minha por não ter aprendido a ser feliz.
Há tempos minha alegria morreu e levou junto a minha esperança. Não vejo mais motivos para viver por aqui.
Eu só queria poder agradar a todos enquanto sofria. Não entendo o porque querem me ouvir se nunca me entendem.
Estou tão cansada, tão triste.
Os milagres parecem tão longes, não consigo mais me aceitar como sou.
E o único sonho que eu tinha acabou, não tenho mais esperança.
Me disseram uma vez que todos temos um motivo para ter nascido, que devemos encontrá-lo. Mas o meu esta perdido, não tem como achar.
Os meus sonhos acabaram, minha alegria acabou, tudo acabou.
Só me restou o vazio de saber que jamais terei o que amo, que sou uma perdedora e que não mereço o Paraíso.
O que eu amo não existe, não passa de uma ilusão.
Eu sou uma ninguém, logo serei esquecida.
Desculpem-me pelos anos perdidos, mas não sou a mesma garotinha feliz de dois anos atrás. Eu não sou nada.
Estou aqui novamente
Escrevendo para alguém inexistente.
Os sentimentos profanos que hoje envolvem meu coração.
Realmente não poderiam entendê-los,
É muita loucura para uma pessoa normal.

Conhecida pela insanidade
Conhecida pelos atos considerados de um psicopata
Essa é a merda da vida que tenho que levar.

As pessoas se perderam em mundo falso
Vida falsa,
Alegria falsa.
Eu sou assim por ver a realidade,
Por saber o que as pessoas realmente são.

E essa é a merda da vida que tenho que levar.

Com o amor aprendi o que é o ódio
Aprendi sozinha a odiar todos vocês.

Carta de Despedida

Ao lerem esta carta, eu provavelmente estarei morta. Sinceramente, não tenho motivo algum para escrever isso, pois ninguém sentira saudades de mim. É até bom, não quero que ninguém sofra por uma adolescente fútil e depressiva.
Pouco tempo de vida que tive, foi o suficiente para perceber o mundo horrível em que vivemos e que o amor não existe. 
Muitos se consideram felizes, por serem cegos. Pois ao abrirem os olhos, verão que vivem no lixo.
Depressão, eu realmente acho isso ridículo. Eu apenas vi o mundo como era, e percebi que não valia a pena viver nele.
Eu tentei, não vou mentir. Busquei amigos, amor, alegria. Busquei no lugar errado, pois isso aqui não existe. 
Estamos perdidos, perdidos em um mundo que juntos destruímos. Sem paz, amor, alegria. Onde essas ilusões só fazem parte da vida dos loucos. 
Destruí-me ajudando os outros, e quando me lembrei de que precisava ser ajudada, era tarde. Busquei desesperadamente por ajuda, mas só havia amigos falsos, do que iria adiantar? Ou talvez amigos fracos, que jamais poderia m entender tamanha tristeza. 
Aconselharam-me psicólogo, talvez estivesse realmente louca. Mas isso foi demais. 
Louca? Para que mais uma louca neste mundo? Decidi tomar uma atitude, e pela primeira vez tentar mudar esse lixo chamado Terra. 
Acabei com minha vida, assim como gostaria de acabar com a vida de muitos. 
Tida como louca, depressiva, estranha. Aquela que levava vários para o mau caminho. Não se preocupem mais com essa.
Façam de tudo para que esse lugar seja melhor, pois para mim acabou. 
Espero não vê-los novamente, pois não estarei em um lugar melhor. 

.

As almas gritam em desespero, pessoas cegadas, com medo de ter alguma expressão. Depressão no coração, há droga em nossas vidas. É tão triste, estamos tão tristes.
Rastejamos como vermes para chegarmos até aqui, deixaram escorrer pela mão.
A destruição caminha ao nosso lado, estamos todos imundos. Estamos perdidos.
Presos num mundo que não permitem ego. Somos humilhados cada vez mais, pelos monstros que colocamos no poder.
Palavras confusas, impossível entender. Sentimentos profanos, perdi minha sanidade no meu futuro sepulcro.
Eu precisarei de sangue no futuro, para manter-me de pé.
Me entregue o seu sangue, em forma de sacrifício. Tente ajudar o mundo, destrua a sua pátria.
Estamos perdidos, estamos afundando.
Eu senti medo, eu precisei de sangue para manter-me de pé. Eu não vi.
Me chamaram de louca por dizer a verdade.
A triste verdade que ninguém compreende. Não querem acreditar.
Precisaram do meu sangue para ficarem de pé.
Eu estou cansada dessa vida imunda.
A loucura habita em minha mente, ninguém compreende, ninguém vê. 

Agonia

Cansada,
De viver em depressão,
Desta imensa solidão,
Que consome meu coração.

Viciada,
Na tristeza de viver,
Na alegria de saber que vou morrer,
Na miséria padecer.

Ansiosa,
A morte aguardar,
A sepultura contemplar,
As flores a murchar.

O sol...

... Tenta brilhar, com dificuldade. Mais uma tarde de inverno.
Cá estou eu novamente, sentada na janela olhando a neve cair. Lá fora pode estar tão frio, mas dentro de mim, a alma congela.
Pego novamente o violino, assim tocando. Tão suave, com sua beleza entristecida.
E toda vez que toco, sinto como se a minha vida se resumisse naquilo. Em um sentimento tão profundo onde o resultado é o nada.
Novamente a tristeza estava tomando conta de mim.
Coloco o violino de lado, já não é o suficiente para acabar com a dor de estar só, que a cada dia me possui  mais.
Levanto-me,  e vou até a cozinha... Lentamente. Cada passo, sinto como se estivesse conduzindo-me à  morte. Abro a geladeira e pego a única garrafa de vinho que havia.
Olho para a garrafa, no que aquilo iria me ajudar? Nada mais pode me ajudar, essa solidão não tem mais fim. Coloco-a em cima da mesa e vou para o meu quarto.
O que procuro?
Abro o guarda-roupa, ainda procurando. Pergunto-me o que. Mas sinto que preciso de algo para me fazer feliz. Preciso achá-lo.
Vejo uma lâmina, a pego. Olho para ela assim vendo o meu reflexo... O reflexo da pessoa que eu tanto odeio.
Coloco meu casaco e saio de casa, andando para qualquer direção. Qualquer lugar onde não tenha ninguém.
Até que percebo estar perdida, já não faz diferença.
Sento-me  em um banco, pego a lâmina e faço um corte um tanto profundo.
Vejo meu sangue se misturando com a neve. Mas ainda sinto que não é o suficiente.
Encosto a lâmina no meu pescoço. Ao fazer isso eu vejo um garoto, um tanto distante, mas conseguia  vê-lo perfeitamente. Então o ouço gritar pelo meu nome. Como pode alguém se importar comigo?
Levanto-me e fecho os olhos, e pela última vez sinto a neve cair sobre minha pele. Pela última vez sinto a tristeza em cada parte do meu corpo. E sem pensar duas vezes faço um corte no meu pescoço, muito profundo, o suficiente para morrer.
Caída no chão, na neve fria, sinto as mãos de alguém tocando meu rosto. Ouço uma voz masculina dizer meu  nome, falando que me amava. E sinto lágrimas tocarem minha face, não são minhas.
Agora percebo que nunca fui tão só, mas isso já é tarde. Eu acabei com tudo.

...

A minha tristeza
É saber que você nunca me amou.
Que nossa amizade era baseada em falsidade (por ti).
É ver que fui usado, e no fim jogado fora.
É te ver indo no caminho errado e não poder dizer nada.
E saber que o final será infeliz.
Te dei o meu amor, te dei minha confiança, te dei um amigo de verdade... Mas sou tão imprestável quanto sua dignidade.
A amizade que cultivamos, você pisou em cima.
Murchou como as flores, na sepultura de minha alegria.
Mas a minha maior tristeza, é ter que esconder essa dor,
A qual eu demonstro com ódio, que no fundo é a desgraça do amor.