terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As vozes...

... Me atormentam cada vez mais
Eu sinto a presença dele
Mas me restaram apenas lembranças
E incontáveis lágrimas.


O vazio é cada vez maior
Injete apenas mais uma vez
E deixe-me aproveitar
Os últimos dias dessa lástima.


Solidão me possui.
Sou louca por querer-te
Sou louca por amar-te.
Sou louca por desejar minha morte,
Para que um dia volte a sorrir.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Confiança

O motivo da perdição de muitos, o motivo da agonia de muitos.
Eu disse: “Confiem em mim”. E dei motivos para não confiarem.
Por isso, nem pensem em confiar em alguém como eu.
Seu melhor amigo, seu irmão, sua mãe, seu pai... Qualquer um que seja especial para você, em questão de segundos podem te transformar em lixo.
Paramos e pensamos o por que. Mas, muitos enlouqueceram na procura desta triste resposta.
A verdade é: não se pode confiar em ninguém. A vida é assim. Mentir e passar por cima dos outros, isso faz parte da natureza energúmena do ser humano.
E depois vem o péssimo sentimento de culpa, e novamente a pergunta: “Por quê?”.
Porque você precisava se sentir superior, porque precisava de alguém para pisar em cima e sentir que é alguma coisa. Mas... Quando decidir olhar para si mesmo, verá que é podre, que é um lixo. E mesmo que se arrependa, nada mudará o que você fez.
E o que te resta?
Os últimos dias que serão mal vividos, e teu único destino será a morte.

Valew Hud. =p

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Invejo a brisa
Livre, leve
Envolve quem quiser.


Invejo o mar
Tranquilo quando quer
Cruel quando quer.
Frio, misterioso.


Invejo a Lua
Com sua vista melancólica
Ilumina quem quiser
Sem compaixão.


Eu invejo as estrelas
Aparecem quando querem
Atraem quem querem
Magoam quem querem.


Graças ao meu pranto
A dor de um romance impossível
Invejo todos esses
Principalmente por não amarem. 

Noite

Oh, noite
Preencha o vazio que sinto
Leve minha alma junto a ti
Leve-me para longe daqui.


O que o amor destruiu
O que sobrou de uma vida vazia
Eu nunca tive.


Se pudessem entender
A imensidão desta tristeza
Que insiste em envolver meu coração.
Talvez eu poderia ter algum valor.


Me ouça
Eu sou aquela que esteve aqui o tempo todo
Aquela que desejou morrer
Para te ver sorrir.


Uma simples frase,
Às vezes tão fútil,
Pode acabar com uma vida
Num piscar de olhos.
É para isso que o amor serve.
Não sei por que escrevo isso, mas sinto que devo esclarecer tudo.
Não chorem, a culpa não é de vocês. A culpa é minha por não ter aprendido a ser feliz.
Há tempos minha alegria morreu e levou junto a minha esperança. Não vejo mais motivos para viver por aqui.
Eu só queria poder agradar a todos enquanto sofria. Não entendo o porque querem me ouvir se nunca me entendem.
Estou tão cansada, tão triste.
Os milagres parecem tão longes, não consigo mais me aceitar como sou.
E o único sonho que eu tinha acabou, não tenho mais esperança.
Me disseram uma vez que todos temos um motivo para ter nascido, que devemos encontrá-lo. Mas o meu esta perdido, não tem como achar.
Os meus sonhos acabaram, minha alegria acabou, tudo acabou.
Só me restou o vazio de saber que jamais terei o que amo, que sou uma perdedora e que não mereço o Paraíso.
O que eu amo não existe, não passa de uma ilusão.
Eu sou uma ninguém, logo serei esquecida.
Desculpem-me pelos anos perdidos, mas não sou a mesma garotinha feliz de dois anos atrás. Eu não sou nada.
Estou aqui novamente
Escrevendo para alguém inexistente.
Os sentimentos profanos que hoje envolvem meu coração.
Realmente não poderiam entendê-los,
É muita loucura para uma pessoa normal.

Conhecida pela insanidade
Conhecida pelos atos considerados de um psicopata
Essa é a merda da vida que tenho que levar.

As pessoas se perderam em mundo falso
Vida falsa,
Alegria falsa.
Eu sou assim por ver a realidade,
Por saber o que as pessoas realmente são.

E essa é a merda da vida que tenho que levar.

Com o amor aprendi o que é o ódio
Aprendi sozinha a odiar todos vocês.

Carta de Despedida

Ao lerem esta carta, eu provavelmente estarei morta. Sinceramente, não tenho motivo algum para escrever isso, pois ninguém sentira saudades de mim. É até bom, não quero que ninguém sofra por uma adolescente fútil e depressiva.
Pouco tempo de vida que tive, foi o suficiente para perceber o mundo horrível em que vivemos e que o amor não existe. 
Muitos se consideram felizes, por serem cegos. Pois ao abrirem os olhos, verão que vivem no lixo.
Depressão, eu realmente acho isso ridículo. Eu apenas vi o mundo como era, e percebi que não valia a pena viver nele.
Eu tentei, não vou mentir. Busquei amigos, amor, alegria. Busquei no lugar errado, pois isso aqui não existe. 
Estamos perdidos, perdidos em um mundo que juntos destruímos. Sem paz, amor, alegria. Onde essas ilusões só fazem parte da vida dos loucos. 
Destruí-me ajudando os outros, e quando me lembrei de que precisava ser ajudada, era tarde. Busquei desesperadamente por ajuda, mas só havia amigos falsos, do que iria adiantar? Ou talvez amigos fracos, que jamais poderia m entender tamanha tristeza. 
Aconselharam-me psicólogo, talvez estivesse realmente louca. Mas isso foi demais. 
Louca? Para que mais uma louca neste mundo? Decidi tomar uma atitude, e pela primeira vez tentar mudar esse lixo chamado Terra. 
Acabei com minha vida, assim como gostaria de acabar com a vida de muitos. 
Tida como louca, depressiva, estranha. Aquela que levava vários para o mau caminho. Não se preocupem mais com essa.
Façam de tudo para que esse lugar seja melhor, pois para mim acabou. 
Espero não vê-los novamente, pois não estarei em um lugar melhor. 

.

As almas gritam em desespero, pessoas cegadas, com medo de ter alguma expressão. Depressão no coração, há droga em nossas vidas. É tão triste, estamos tão tristes.
Rastejamos como vermes para chegarmos até aqui, deixaram escorrer pela mão.
A destruição caminha ao nosso lado, estamos todos imundos. Estamos perdidos.
Presos num mundo que não permitem ego. Somos humilhados cada vez mais, pelos monstros que colocamos no poder.
Palavras confusas, impossível entender. Sentimentos profanos, perdi minha sanidade no meu futuro sepulcro.
Eu precisarei de sangue no futuro, para manter-me de pé.
Me entregue o seu sangue, em forma de sacrifício. Tente ajudar o mundo, destrua a sua pátria.
Estamos perdidos, estamos afundando.
Eu senti medo, eu precisei de sangue para manter-me de pé. Eu não vi.
Me chamaram de louca por dizer a verdade.
A triste verdade que ninguém compreende. Não querem acreditar.
Precisaram do meu sangue para ficarem de pé.
Eu estou cansada dessa vida imunda.
A loucura habita em minha mente, ninguém compreende, ninguém vê. 

Agonia

Cansada,
De viver em depressão,
Desta imensa solidão,
Que consome meu coração.

Viciada,
Na tristeza de viver,
Na alegria de saber que vou morrer,
Na miséria padecer.

Ansiosa,
A morte aguardar,
A sepultura contemplar,
As flores a murchar.

O sol...

... Tenta brilhar, com dificuldade. Mais uma tarde de inverno.
Cá estou eu novamente, sentada na janela olhando a neve cair. Lá fora pode estar tão frio, mas dentro de mim, a alma congela.
Pego novamente o violino, assim tocando. Tão suave, com sua beleza entristecida.
E toda vez que toco, sinto como se a minha vida se resumisse naquilo. Em um sentimento tão profundo onde o resultado é o nada.
Novamente a tristeza estava tomando conta de mim.
Coloco o violino de lado, já não é o suficiente para acabar com a dor de estar só, que a cada dia me possui  mais.
Levanto-me,  e vou até a cozinha... Lentamente. Cada passo, sinto como se estivesse conduzindo-me à  morte. Abro a geladeira e pego a única garrafa de vinho que havia.
Olho para a garrafa, no que aquilo iria me ajudar? Nada mais pode me ajudar, essa solidão não tem mais fim. Coloco-a em cima da mesa e vou para o meu quarto.
O que procuro?
Abro o guarda-roupa, ainda procurando. Pergunto-me o que. Mas sinto que preciso de algo para me fazer feliz. Preciso achá-lo.
Vejo uma lâmina, a pego. Olho para ela assim vendo o meu reflexo... O reflexo da pessoa que eu tanto odeio.
Coloco meu casaco e saio de casa, andando para qualquer direção. Qualquer lugar onde não tenha ninguém.
Até que percebo estar perdida, já não faz diferença.
Sento-me  em um banco, pego a lâmina e faço um corte um tanto profundo.
Vejo meu sangue se misturando com a neve. Mas ainda sinto que não é o suficiente.
Encosto a lâmina no meu pescoço. Ao fazer isso eu vejo um garoto, um tanto distante, mas conseguia  vê-lo perfeitamente. Então o ouço gritar pelo meu nome. Como pode alguém se importar comigo?
Levanto-me e fecho os olhos, e pela última vez sinto a neve cair sobre minha pele. Pela última vez sinto a tristeza em cada parte do meu corpo. E sem pensar duas vezes faço um corte no meu pescoço, muito profundo, o suficiente para morrer.
Caída no chão, na neve fria, sinto as mãos de alguém tocando meu rosto. Ouço uma voz masculina dizer meu  nome, falando que me amava. E sinto lágrimas tocarem minha face, não são minhas.
Agora percebo que nunca fui tão só, mas isso já é tarde. Eu acabei com tudo.

...

A minha tristeza
É saber que você nunca me amou.
Que nossa amizade era baseada em falsidade (por ti).
É ver que fui usado, e no fim jogado fora.
É te ver indo no caminho errado e não poder dizer nada.
E saber que o final será infeliz.
Te dei o meu amor, te dei minha confiança, te dei um amigo de verdade... Mas sou tão imprestável quanto sua dignidade.
A amizade que cultivamos, você pisou em cima.
Murchou como as flores, na sepultura de minha alegria.
Mas a minha maior tristeza, é ter que esconder essa dor,
A qual eu demonstro com ódio, que no fundo é a desgraça do amor.